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segunda-feira, 24 de março de 2014

A Roda do Ano Celta

A Roda do Ano Celta


A concepção de tempo dos pagãos (O termo pagão significa: povo dos bosques), principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.

Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.

Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer.

Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia.

O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.

Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e da noite momentos muito preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para que a Natureza possa se manter equilibrada. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada, homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir em momentos de intensa união e perfeição.

Esses momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia, se tornam de extrema importância para magias. Da mesma forma, os momentos entre cada um desses pontos também se tornam importantes. Em um suposto tempo linear: os quatro momentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meio dia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e 3h.

Sabendo que o universo é perfeito e que tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no microcosmos, muitas vezes é preciso entender o micro para alcançarmos e sentirmos a importância do macro. Para muitas pessoas fica mais fácil compreender o universo através de pequenos momentos do dia-a-dia para se ter uma real noção da extensão dos grandes momentos.

Como podemos ver existem quatro momentos do dia (24h) que são pontos vitais, e há quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada, temos no ano (365 dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto, sétimo e décimo meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta formada e em eterna harmonia com o universo.

Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano, quando reuniam-se em clareiras e templos para festejar ritualisticamente essas oito datas. A cada uma delas deu-se um nome:

Sabbat Oito datas Festivas Data - Norte Data - Sul
Samhain Fim e Início de um Novo Ano 31 de Outubro 30 de Abril
Yule Solstício de Inverno 21 de Dezembro 21 de Junho
Imbolc Festa do Fogo (Luz, Sol) – Noite de Brigit 1º de Fevereiro 1º de Agosto
Equinócio de Primavera Ostara ou Spring – Festa da Fertilidade 21 de Março 21 de Setembro
Beltane A Fogueira de Belenos - Beltane 1º de Maio 1º de Novembro
Midsummer Solstício de Verão 21 de Junho 21 de Dezembro
Lughnasadh Festa da Colheita 1º de Agosto 1º de Fevereiro
Mabon Equinócio de Outono 21 de Setembro 21 de Março



Samhain - O Fim e o Início de um Ano Novo para os Celtas
(31 de Outubro - Hemisfério Norte) e (30 de Abril - Hemisfério Sul)


Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.

... E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo "outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.

O "Outro Mundo" celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.

Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do "Outro Mundo" e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.

Durante esta noite o véu que separa esses dois mundos está o mais fino possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem grandes dificuldades.

Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É hora de honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e comemorem conosco esse momento tão especial da Roda do Ano.

Samhain é o festival da morte e da alegria pela certeza do renascimento. O Deus morreu, e a Deusa, trazendo no ventre o seu amado, recolhe-se ao Mundo das Sombras para esperar o seu renascimento. Comemora-se aqui a ligação com os antepassados, com aqueles que já partiram e que um dia, como a natureza, renascerão. Os cristãos transformaram essa data no "Dia de Todos os Santos" e no "Dia de Finados", numa alusão supersticiosa a essa ligação.

É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabbat é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo sumo de maçã. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!

A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.



Yule - Solstício de Inverno
(21 de Dezembro - Hemisfério Norte) e (21 de Junho - Hemisfério Sul)


É desta data antiga que se originou o Natal Cristão (no Hemisfério Norte). Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.

Este dia também é chamado Alban Arthuan (A Luz de Arthur), na tradição druida. É o tempo da morte e do renascimento. O Sol parece estar nos abandonando completamente, enquanto a noite mais longa chega até nós.

Coloque flores e frutos da época do altar. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes.

Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois esta é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.



Imbolc ou Candlemmas - Festa do Fogo ou Noite de Brigit
(01 de fevereiro - Hemisfério Norte) e (01 de Agosto - Hemisfério Sul)


Imbolc quer dizer: dentro do útero. O inverno ainda não foi embora, mas por baixo da neve a vida floresce e ganha força. As coisas não acontecem diante de nossos olhos, mas já estão lá, latente, pulsando, esperando o momento certo para vir à tona. A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda sob a energia revigorante do Sol.

Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.

Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial para nossa família e amigos. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas.



Equinócio de Primavera - Ostara - Festa da Fertilidade
(21 de Março - Hemisfério Norte) e (21 de Setembro - Hemisfério Sul)


Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais. É, portanto, uma data de equilíbrio e reflexão. Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho. Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada e cheia de vida e alegria.

O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mudo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.

Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.



Beltane – A Fogueira de Belenos – Casamento do Deus e da Deusa
(01 de Maio - Hemisfério Norte) e (31 de Outubro ou 01 de Novembro - Hemisfério Sul)


Pronuncia-se Bioltuin (Be-All-Twin) É o festival do casamento entre o Deus e a Deusa, a Rainha de Maio, a Virgem.

Por ser uma data de cunho profundamente sensual, foi talvez uma das mais sincretizadas pela cristandade. Assim, as fogueiras de Beltane e o Maypole (mastro adornado com as fitas coloridas trançadas) tornaram-se as fogueiras e mastros das festas dos santos "casamenteiros" cristãos, bem como o mês de Maio foi consagrado à Virgem Maria e tido como benévolo aos casamentos. Na tradição antiga as pessoas não se casavam durante o Beltane, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.

BELTANE, em 01 de Novembro aqui no hemisfério sul, mas em 1o. de Maio nos países nórdicos berços do culto, representa a entrada do jovem Deus para a idade adulta. Incitados pelas energias da Natureza, pela força das sementes e flores que desabrocham, a Deusa e o Deus apaixonam-se. Nesta data são celebrados rituais de fertilidade e imensas fogueiras são acesas. As fogueiras de Beltane simbolizam o calor da paixão e a intensidade da interação entre a Deusa e o Deus, e a crescente fecundidade da Terra.

Belenos é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função.

Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos Deuses.



As Fogueiras de Beltane


Na antiga religião, antes da Igreja destruir este culto e transformá-lo no que se conhece como "bruxaria", os camponeses iam para os bosques de carvalhos à noite e acendiam enormes fogueiras para a Deusa o que tornou esta festividade conhecida como As Fogueiras de Beltane.

Nesta época, os princípios morais vigentes eram outros, a mulher era um ser livre e não havia o machismo como hoje se conhece. As sociedades eram matriarcais. Sendo assim, nesta noite de Beltane, as moças virgens e mesmo as casadas, iam para os bosques na celebração do que se chamava "O Gamo Rei" onde os rapazes copulavam com as moças sob a lua cheia guiados pelo instinto num ritual de fecundidade e vida.

As crianças que por ventura fossem geradas nesta noite eram consideradas especiais e normalmente as meninas viravam sacerdotisas e os meninos magos. O ritual era consagrado à Deusa para que esta trouxesse sempre boas colheitas através da fertilidade da terra. Embora o culto fosse predominantemente feminino, não se excluía, de forma alguma, o papel do Deus, pois, a essência de Beltane, sendo a fecundação, impunha sempre, a presença do feminino e masculino.

Sendo assim, no Beltane, os meninos tinham a sua cerimônia de passagem da adolescência para a maturidade. O rapaz personifica o Deus e a virgem, a Deusa. Na escolha de um rei, o rapaz veste a pele de um Gamo (um veado real) e desafia um gamo de verdade, o líder da manada, e luta com ele até a morte de um deles.

Se o rapaz for o vencedor, terá sido escolhido Rei representando o Deus, o Gamo Rei e terá uma noite com a Virgem que representa a Deusa onde um herdeiro será concebido. O novo herdeiro, um dia deverá disputar com o pai pelo trono. O Gamo Novo e o Gamo Velho...

O Rei Arthur passou por esta prova numa noite nas fogueiras de Beltane conforme o romance Brumas de Avalon.

Quando não era preciso escolher-se um rei, a luta com o gamo não era necessária e a tradição seguia apenas como uma representação ritual.

A tradição do Gamo Rei foi transformada, através dos tempos, e a imagem do gamo, em alguns cultos, substituída pela de qualquer animal que tivesse galhos ou chifres, sempre representando a divindade masculina do Deus que recebe os nomes de Galhudo, Cornélio, Cornudo e até mesmo Chifrudo sem ter qualquer conotação com o que a Igreja estabeleceu como "demônio do mal". Os galhos na antiguidade eram sinônimo de força e honra e não o que hoje significam.

Então, no 31 de outubro ou 01 de novembro, estaremos na Lua cheia, ao ar livre, recebendo o luar e longe de qualquer coisa feita pela mão do homem. Deveríamos fazer um círculo com pedras, ficar dentro dele e acender uma pequena fogueira. Este ritual de fertilidade vai promover mudanças na vida de todo aquele que entender o significado do Beltane. Na verdade é um louvor a Terra, à Natureza e à Mãe de todas as coisas. É uma data muito bonita e de grande significado.

Em Beltane nós nos abrimos para o Deus e a Deusa da Juventude. Não importa quanto velhos sejamos, em Beltane, sentimo-nos jovens novamente e nos unimos ao fogo da vitalidade e juventude e permitimos que esta vitalidade nos vivifique e cure.

Quando jovens talvez usássemos este tempo como uma oportunidade para conectar nossa sensualidade de um modo criativo e quando mais velhos esta conexão será obtida através da união dentro de nós mesmos, das nossas naturezas feminina e masculina. A integração entre nossos dois aspectos interiores, feminino e masculino, é o caminho da espiritualidade e Beltane representa o tempo onde podemos nos abrir amplamente para este trabalho permitindo que a natural união das polaridades ocorra naturalmente. Este é um trabalho essencialmente alquímico.



Midsummer - Solstício de Verão
(21 de Junho - Hemisfério Norte) e (21 de Dezembro - Hemisfério Sul)


Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o único Sabbat em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito grande.

É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar.

Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão.

Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte.

Nesse dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.

Na noite de Midsummer (o Solstício de Verão) fadas, duendes e toda a sorte de elementais correm pela terra, celebrando o fervor da vida. A data era comemorada nos tempos antigos geralmente com jogos e festivais. O corpo e o físico são reverenciados nesta data.



Lughnasadh ou Lammas - Festa da Colheita
(01 de Agosto - Hemisfério Norte) e (01 de Fevereiro - Hemisfério Sul)


Lughnasadh era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol.

Na Cultura Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.

Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.

O outro nome do Sabbat é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os celtas faziam um pão comunitário, que era consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo.

O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.

Este é o primeiro dos três Sabbats da colheita. O Deus já dominou o mundo das trevas, e agora passará por leves mudanças, seu poder declinando sutilmente com o passar dos dias. Por isso, o honramos, e agradecemos pela energia dispensada sobre as colheitas.



Mabon - Autumn - Equinócio de Outono
(21 de Setembro - Hemisfério Norte) e (21 de Março - Hemisfério Sul)


Este é o segundo dos festivais da colheita (sendo Samhain o terceiro). A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem. Derrama-se leite sobre a terra para agradecer pela fertilidade e bondade da terra. Agora, nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos.

No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é a segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas.

O Deus está agonizando e logo morrerá. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.

O período negro do ano se aproxima aos poucos. É uma data especial para evocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda, que em pouco tempo se fará presente.




Estes festivais estão associados aos Ciclos da Terra. Como complemento, temos os festivais solares (solstícios e equinócios), perfazendo assim os oito pontos da Roda do Ano.

O estudo correto dos mitos associados a cada festival, seu simbolismo e sua linguagem mágica, faz com que tenhamos contato com seus significados mais profundos, trazendo assim a verdadeira compreensão dos mistérios.

Quando travamos contato íntimo com os mitos e lendas das deidades associadas a cada festival, percebemos que não é por acaso que o deus Lugh está associado ao período da colheita outonal, existem mil verdades a serem conhecidas por trás da vivência dos festivais.

A Celebração dos Festivais que compõem a Roda do Ano Celta resgata uma ancestral prática de Mistérios, a qual possibilita aos celebrantes a compreensão dos mais profundos significados de seu simbolismo.


Paz e Luz em seu caminho.

sexta-feira, 21 de março de 2014


Lei Triplice:

A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes Suas mãos.
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração se deixará levar.
Para o poderoso vento norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te traz um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar.





terça-feira, 18 de março de 2014

Altar



O Altar

Os rituais são celebrados na presença de um Altar. O Altar, para nós, Pagãos, é ao mesmo tempo a representação física e espiritual da Deusa, do Deus e dos Deuses. Nele, encontram-se sempre representados os quatro elementos da Natureza: Terra, Ar, Fogo e Água. Ele é a nossa fonte de poder, de apoio e onde focalizamos as energias invocadas e criadas no decorrer de um rito.
A palavra Altar vem do grego Altum que significa “lugar elevado”, ou seja, o lugar onde se encontram presentes as energias das Divindades invocadas.
Um Altar pode ser estabelecido em cima de uma pequena mesa, a escrivaninha, estante ou até mesmo no chão. Não importa o lugar onde você irá montar o seu Altar, o importante é fazê-lo com carinho, levando em consideração algumas diretrizes básicas.
Se você tiver um local exclusivamente dedicado à sua prática religiosa é lá que ele deve ser colocado, caso contrário, ele poderá ficar em qualquer outro lugar de sua casa.
É muito comum, com o passar do tempo, acabarmos por ter vários Altares espalhados por nossa casa. Isso é muito bom, pois o Altar tem a capacidade de atrair a harmonia e a paz para nosso lar. O Altar é a moradia dos Deuses e o local onde devemos nos dirigir quando precisamos do auxílio Deles.
Para montar o seu Altar, o primeiro passo é adquirir os cinco Instrumentos básicos e distribuí-los pelo Altar de acordo com as suas respectivas direções:

Pentáculo: no ponto cardeal Norte
Athame: no ponto cardeal Leste
Bastão: no ponto cardeal Sul
Cálice: no ponto cardeal Oeste
Caldeirão: no centro do Altar

Um Altar Pagão sempre é voltado para o ponto cardeal Norte, o ponto relacionado ao elemento Terra (a Deusa), o ponto dos mistérios e da sabedoria. (Lembre-se que a opção é pessoal e depende das energias com que se está trabalhando)
O lado esquerdo do Altar representa as energias femininas, por isso coloque uma vela preta nesse lado para representar a Deusa.
O lado direito do Altar representa as energias masculinas, por isso coloque uma vela branca nesse lado para representar o Deus.
O meio do Altar é o ponto onde todas as energias se concentram, por isso coloque uma vela vermelha nesse ponto, representando a Arte, e ativação dos nossos desejos e as energias em constante movimento.
Símbolos e estátuas que representem a Deusa e o Deus também podem ser colocados sobre o seu Altar.

Os símbolos mais comuns da Deusa são: concha, pedra furada, pedra achatada, Runa Berkana, Lua, cisne, gato, cavalo, coruja, pedra da Lua, Triskle, Taça, Caldeirão, guirlanda de flores, símbolo das três fases da Lua, Ankh, maçã, bracelete, colar com 40 ou 70 contas, imagens de antigas Deusas (como Cerridwen, Afrodite, Sheela na Gib, Hécate, Brigit), vela preta, azul ou prateada à esquerda do Altar. Um castiçal com a figura da Lua para conter a vela que representa a Deusa.
Os símbolos mais comuns do Deus são: bolota, pedra pontuda, chifres, topázio, Runa Sowelu, Sol, Athame, Bastão, serpente, cervo, touro, carneiro, guirlanda de folhagens, círculo encimado por uma meia-lua cujas pontas apontam para cima, triângulo com o vértice para cima, estaca, imagens de Antigos Deuses – como Cernunnos, Dagda, Pan, Fauno, Dionísio, Eros, Zeus - , vela branca, verde ou marrom à direita do Altar, um castiçal com a figura do Sol para conter a vela que representa o Deus.
Nunca se esqueça de que o Altar é o seu ponto de poder, por isso ele deve permanecer limpo e em perfeita ordem, já que ele é usado em todos os rituais.
O Altar é o seu ponto de ligação com a Deusa e com o Universo!
                                       
                                              

Os 4 elementos



Os Elementos
Os quatro elementos da natureza estão em todas as coisas que nos rodeiam e têm o poder de dar o tom de nosso temperamento, despertando emoções como alegria, serenidade, inquietude e ansiedade.
Assim como rios, montanhas, nuvens, plantas e animais, também a natureza humana é formada pela união dos quatro elementos. E não apenas em nível físico (oxigênio, calor, minerais e fluidos corporais são necessários para a vida): nossas emoções e nossa personalidade são influenciadas pela presença de fogo, terra, água e ar, em diferentes proporções.
Não basta conhecer em que tipo de personalidade nos enquadramos. É preciso alimentar nosso elemento predominante e cultivar características dos outros três. Para alcançar o bem-estar físico, mental e emocional, o ideal é que os quatro elementos estejam em equilíbrio – como acontece na natureza.
A seguir um breve resumo de cada elemento....



Fogo
• Temperamento: colérico.
• Emoções: alegria, impulsividade, raiva.
• Aparência: o colérico tem uma constituição física sólida e compacta, com músculos fortes. Com postura ereta, caminha a passos firmes e decididos. Sua estatura geralmente é mais para baixa, e os olhos são penetrantes e transmitem segurança.
• Características: ousado e dinâmico, encara a vida com paixão. Batalha pelo que quer e persegue suas metas com autoconfiança e otimismo. Um verdadeiro pioneiro, sabe abrir caminhos e exercer a liderança. Com humor oscilante, tende a ser explosivo e autoritário e a não aceitar bem as críticas. Sempre aberto ao mundo exterior, sente dificuldade em se interiorizar e compreender as próprias emoções.
• Práticas que fazem bem: a natação e os banhos em águas plácidas, como piscinas e lagoas, sintonizam o colérico com seu elemento faltante, a água. As artes marciais que envolvem a luta com oponentes, a exemplo do judô e do caratê, e a escultura em materiais duros, como a pedra, são meios para extravasar sua força. Os banhos de sol o ajudam a recuperar a vitalidade e a repor a energia gasta.
A personalidade de fogo pede movimento.


Terra
• Temperamento: melancólico.
• Emoções: serenidade, apatia, depressão.
• Aparência: de tipo predominantemente magro e longilíneo, tem pernas e braços compridos, pele clara e olhos profundos. O jeito de caminhar do melancólico é firme, mas um tanto pesado.
• Características: responsável e perfeccionista, com um enorme poder de realização, sabe levar suas empreitadas até o fim. A seriedade com que conduz suas metas e a profundidade de seu pensamento levam o melancólico a conquistar facilmente a confiança dos outros. Mas, para alcançar o sucesso, precisa fortalecer a vontade. Seu coração é cheio de compaixão e interesse pela dor alheia. O pessimismo e a falta de humor podem atrapalhar suas relações.
• Práticas que fazem bem: dança, exercícios aeróbicos e esportes que favoreçam tirar os pés do chão ajudam o melancólico a desenvolver a leveza. A pintura, especialmente usando técnicas suaves, como a aquarela, abranda sua tradicional dureza. Em momentos de falta de vitalidade, andar descalço, pisar na terra e mexer com plantas recarregam as energias.
Plantar e cultivar metas é uma marca do temperamento de terra.


Ar
• Temperamento: sanguíneo.
• Emoções: extroversão, inquietude, ansiedade.
• Aparência: o tipo sanguíneo movimenta-se com graça e nutre uma boa relação com seu corpo, que tende a ser esbelto e flexível, de estatura alta. Seu olhar é vivo e expressivo, e seus olhos, brilhantes.
• Características: dono de um espírito inquieto e mente ágil, o sanguíneo cativa a todos por sua alegria e facilidade de comunicação. Versátil e eclético, cultiva um vasto leque de interesses. Dar tanta ênfase ao intelecto, entretanto, pode esgotá-lo física e mentalmente. A dificuldade em se concentrar e se aprofundar também pode levá-lo à falta de foco e à superficialidade nas relações.
• Práticas que fazem bem: a meditação, a ginástica holística e a ioga são atividades que conduzem o tipo sanguíneo a um mergulho em seus processos internos para contrabalançar a tendência a flutuar e viver plenamente apenas no mundo exterior. Trabalhos manuais, como a tecelagem, são úteis no desenvolvimento da concentração.
A modelagem em argila e a jardinagem também fazem aterrar os filhos do elemento ar.


Água
• Temperamento: fleumático.
• Emoções: tranqüilidade, indiferença, mágoa.
• Aparência: seu tipo físico não é muito definido. Pode ter uma estatura alta ou baixa, mas tem a tendência a acumular peso. Seu olhar cândido, inocente e sem malícia provoca nos outros uma imediata empatia.
• Características: sensível e emotivo, é adaptável, como o meio líquido, e não gosta de demonstrar sentimentos. O fleumático prefere levar a vida num ritmo calmo e disciplinado e tem fortes inclinações artísticas. De tão apegado à rotina, porém, sente dificuldade em aceitar mudanças e tende à estagnação, até emocionalmente, como acontece com as águas represadas. Gosta da passividade e mostra pouca disposição para ir atrás de seus objetivos.
• Práticas que fazem bem: tai chi chuan, arte marcial em que os movimentos sugerem formas, e fazer esculturas de argila são atividades ideais para o fleumático começar a atenuar a dificuldade de lidar com o lado concreto e os aspectos materiais da vida. Banhos de mar e cachoeira têm um poder restaurador sobre sua energia física e capacidade mental.
A personalidade de água prefere levar a vida em um ritmo calmo e disciplinado.

Exercício de conexão com o Elemento Terra

Terra é o elemento da abundância, da concretização, da força.
Existem várias formas de você se conectar com esse elemento, mas aqui darei um exemplo bem simples.
Se deite no chão, de preferência num gramado, num jardim, e coloque seu ouvido encostado no chão.
Permaneça por alguns minutos dessa forma e ouça a terra.
Repare nos ruídos, nas vibrações, na força quem vêm dela.
Sinta o poder da terra.

Exercício de conexão com o Elemento Água

Água é o elemento da fluidez, do amor, das emoções.
Para se conectar facilmente com ela encha uma bacia de água.
Brinque com a água dessa bacia.
Bata as mãos, coloque os pés, sinta a temperatura, o movimento.
Sinta o poder da água.

Exercício de conexão com o Elemento Fogo!

Fogo é o elemento da coragem, do vigor, da paixão.
Uma das formas de conexão com esse elemento é através da chama de uma vela.
Vá a um lugar calmo, apague as luzes e acenda a vela.
Olhe fixamente pra chama dessa vela, interaja com ela.
Dance conforme seus movimentos, aproxime suas mãos da chama e sinta o calor, repare nas mudanças de tamanho e intensidade dessa chama.
Sinta o poder do fogo.

Exercício de Conexão com o Elemento Ar!

Ar é o elemento da inspiração, do intelecto, do movimento, do som.
Também há várias formas de você se conectar com esse elemento.
Uma forma simples e eficaz é dançar com uma echarpe, com um lenço.
Coloque uma música de fundo e comece a dançar suavemente, movimentando a echarpe.
Repare nos movimentos que ela faz, como o ar faz com que ela se mova.
Sinta o poder do ar.

Exercício de conexão com o Elemento Terra

Terra é o elemento da abundância, da concretização, da força.
Existem várias formas de você se conectar com esse elemento, mas aqui darei um exemplo bem simples.
Se deite no chão, de preferência num gramado, num jardim, e coloque seu ouvido encostado no chão.
Permaneça por alguns minutos dessa forma e ouça a terra.
Repare nos ruídos, nas vibrações, na força quem vêm dela.
Sinta o poder da terra.

Exercício de conexão com o Elemento Água

Água é o elemento da fluidez, do amor, das emoções.
Para se conectar facilmente com ela encha uma bacia de água.
Brinque com a água dessa bacia.
Bata as mãos, coloque os pés, sinta a temperatura, o movimento.
Sinta o poder da água.

Exercício de conexão com o Elemento Fogo!

Fogo é o elemento da coragem, do vigor, da paixão.
Uma das formas de conexão com esse elemento é através da chama de uma vela.
Vá a um lugar calmo, apague as luzes e acenda a vela.
Olhe fixamente pra chama dessa vela, interaja com ela.
Dance conforme seus movimentos, aproxime suas mãos da chama e sinta o calor, repare nas mudanças de tamanho e intensidade dessa chama.
Sinta o poder do fogo.

Exercício de Conexão com o Elemento Ar!

Ar é o elemento da inspiração, do intelecto, do movimento, do som.
Também há várias formas de você se conectar com esse elemento.
Uma forma simples e eficaz é dançar com uma echarpe, com um lenço.
Coloque uma música de fundo e comece a dançar suavemente, movimentando a echarpe.
Repare nos movimentos que ela faz, como o ar faz com que ela se mova.

Sinta o poder do ar.
                                 
                     

Eu sou Pagâ

                                                                 

                                                               

                                                                 "Eu sou Pagã...



Eu sou parte de toda a Natureza. As Pedras, os Animais, as Plantas, os Elementos e Estrelas são meus parentes. Outros humanos são minhas irmãs e irmãos, sejam quais forem suas raças, cores, sexo, orientações sexuais, idades, nacionalidades, religiões, estilos de vida. O Planeta Terra é a minha casa.

Eu sou parte desta grande família da Natureza, não mestre dela. Eu tenho minha própria parte especial para executar e eu busco descobrir e executá-la com minha melhor habilidade. Eu busco viver em harmonia com outros na família da Natureza e trato outros com respeito.

Eu sou Pagã. Eu celebro a mudança das estações, o girar da Roda do Ano. Eu celebro com cânticos, danças, festas, rituais e de outros formas.
Eu sou uma Pagã. Eu também honro as estações da vida dentro de minha jornada de vida- começos, crescimento, frutificação, colheitas, fins, descansos e recomeços. A Vida é um Círculo com muitos ciclos. Com todo Fim vem um novo Começo. Dentro da Morte há a promessa de Renascimento.

Eu sou Pagã. Eu não só vejo círculos de mudança e renovação dentro de minha própria jornada de vida, mas em minha herança. Eu vejo minha vida como um círculo que me conecta com os círculos de vida de meus antepassados. Eles são parte de mim e minha vida. A antiga sabedoria da Renovação da Natureza e Reciclagem é encarnada nos brasões de dois de meus clãs Ancestrais.

Eu também realizo rituais em outros lugares na terra, ao ar livre e em lugar fechado. Minha adoração e rituais
podem estar em qualquer lugar, pois meu círculo sagrado é portátil. Onde quer que eu esteja, eu posso montar um círculo ao redor de uma esfera sagrada com sete invocações: para as quatro direcções, para o Cosmo acima, para o Planeta abaixo e para Integração Espiritual no centro.

Eu sei que posso ajudar pelo menos um pouco a trazer ao Planeta maior equilíbrio buscando equilíbrio em minha própria vida, sendo um catalisador para restaurar o equilíbrio na vida de outros e trabalhando para um ambiente melhor. Eu sei que minhas atitudes e meu modo de vida podem fazer diferença. Eu procuro ser um canal para a cura e equilíbrio. Eu faço da responsabilidade ambiental parte de minha vida pessoal diária. Eu procuro viver em harmonia com os membros da Família da Natureza.

Eu sou Pagã. A Espiritualidade da natureza é a minha religião e minha base de vida. Natureza é minha professora espiritual e meu livro sagrado. Eu sou parte da Natureza e a Natureza é parte de mim. Minha compreensão dos mistérios internos da Natureza cresce enquanto eu viajo neste caminho espiritual ".